terça-feira, 27 de novembro de 2012

Saga Parte IV- O Vizinho que Saltou


   Passei por muitas coisas naquele apartamento. Além do assalto, logo que eu mudei pra lá, o morador do décimo terceiro andar, resolveu cair lá de cima na minha frente. Juro! É verdade!  Caiu, ou se jogou, seja lá o que for... eu quase morri de susto!!! 
    A minha Lavadoura de Roupas acabara de chegar. Eu estava com uma amiga em casa, numa sexta a noite. Estava tão eufórica com a Lavadoura nova, que não largava seu manual! Já era noite e estava frio, mas sou teimosa, queria já manusear. Como criança quando ganha um brinquedo.
    Estava eu lá, mexendo na máquina, na área de serviço e, como começou a esfriar mais e mais, eu resolvi entrar e deixar para o dia seguinte. Quando de repente, eu ouço um barulho horrível!!!! Começamos a procurar de onde vinha o barulho! Eu fui até ao corredor do elevador. Jurava que o elevador tinha caído! Foi horrível ! Em poucos segundos,  só ouvia-se gritaria no prédio!
    Quando nós estávamos desistindo de procurar, eu resolvi voltar à área de serviço e coloquei a cara lá, na janela. Meu Deus!!!!! Nunca havia visto isso antes. O homem estava, suponho, morto  no chão. Foi horrível.
    O porteiro subiu aflito para pegar a chave do carro da minha amiga (que estava aos prantos), pois o mesmo estava na vaga de visitantes e tinha que tirar para entrar o carro do Resgate. Não tinha jeito, ele estava morto. Ai meu Deus!!!!!!!!!!!! É muita emoção para a minha pessoa....
    Ficamos atônitas e desesperadas! Pegamos bolsa, casaco, tudo e descemos, não queríamos ficar lá. Já íamos sair mesmo...
    Lá embaixo, loucura geral! Todos os moradores horrorizados. Polícia, barulho de ambulância, resgate. E, como em qualquer tragédia, um conversando com o outro, sem mesmo se conhecer...
   Eu, como quase que flagrei "o ato", começei a contar o que eu vi, ou seja, escutei... Quando eu vi, estávamos já convesando muito com uns vizinhos que moravam sozinhoz também. Eles também não qieriam ficar lá. Resolvemos então sairmos todos juntos!
   Como é bom ser jovem, tudo acaba em pizza... Hehehehe..
   Ficamos em um barzinho até tardão mesmo.
   Só voltamos para o apto às duas da manhã, quando eu já havia me certificado de que o corpo não estava mais lá.
    E para dormir??? Não foi nada fácil. Bernadete não conseguia pregar o olho. Ela ficou mais desesperada que eu.
    Eu já notei que quando tem alguém pior eu que ao meu lado, eu fico forte, me vem um banho de sensatez, tiro uma força não sei de onde!
    Oras, o acontecido foi no meu prédio, eu que ia dormir sozinha lá depois, e no entanto, a firmona era eu! Que bom, não é mesmo???
   No fundo, foi bom ela estar lá naquela noite. Como eu ia ficar? O Marcos ainda era meu "ficante".
   Mas tudo bem, isso virou assunto nos dias seguintes na empresa, afinal de contas, Bernadete trabalhava comigo.
    Fui firme. Ia me deitar todas as noites e rezava muito para aquela pobre alma. Trancava a porta mais do que nunca! O assalto ainda não tinha acontecido. Eu tinha a fantasia de que; trancando a porta, nada ruim iria acontecer, ou entrar, sei lá... Mas me sentia mais confortável e segura assim.
   Os vizinhos??? Ne os vi mais! Nem me lembro nomes, não me lembro de nada. Quis esquecer aquela noite!
    Aliás, quando se mora assim, sozinho e trabalha-se o dia todo, a gente não vê ninguém no prédio em que se mora. Nomal !
    E os sintomas dando sinais... e eu ia os deixando pra lá, como se pudesse guardá-los numa gaveta!
   

terça-feira, 20 de novembro de 2012

Só daqui a 40 anos...

   Demorei muito para escrever sobre essa matéria aqui.
  Não por falta de assunto, claro! Mas pelo simples fato de não ter tempo, a correria é muita... Os preparativos da Primeira Eucaristia do meu filho, a Apresentação de Sapateado da minha filha, enfim...
   Mas vamos lá, vejam o que, além de tudo, eu sou obrigada a ler na Revista Veja de 7 de novembro último:
   "Com dois milhões de doentes no mundo, 30.000 deles no Brasil, a esclerose múltipla está  entre os mais devastadores transtornos neurológicos degeneretivos. No início , suas vítimas apresentavam visão turva, tontura e leve dormência nos braços. Depois, passam a sofrer de tremores pelo corpo e tem dificuldade para falar. Manifestam falta de coordenação motora e equilíbrio, fraqueza muscular, lapsos de memória e concentração. Sem tratamento, em vinte anos o paciente não consegue mais se mexer. Descrita pela primeira vez em meados do século XIX, a esclerose múltipla continua a desafiar a medicina. De causa desconhecida, a doença não tem cura. Os medicamentos existentes, no máximo, minimizam os sintomas ou postergam o seu agravamento"
     Então tá, e eu tenho que acreditar em tudo isso, mesmo remando na maré contrária.
     Bom, primeiro que, como eu disse, até tinha ouvido falar dessa matéria, mas estava preocupada com os meus filhos, pois eles, depois da minha saúde, estão em primeiro lugar na minha vida. Já expliquei também o porque dessa hierarquia- a mãe deles tem que estar bem, para que eles estejam também.
    Depois disso, eu tinha alguns compromissos como, tingir o cabelo, fazer as unhas e sobrancelhas, marcar almoço com a amiga de Porto Alegre, a amiga de SP,  encomendar o lanche para o feriado, ufa!!!  Agora, sim, posso sentar e raciocinar... Mesmo assim, acabei de atender ao telefonema da passadeira (que não vem amanhã), já  dei uma ordens à minha funcionária, e estou aqui me lembrando que tenho que fazer minhas unhas hoje também, afinal de contas, essa é semanal.
    Para vocês verem, não me sobra muito espaço para conjecturas!
    Aí, mais abaixo eu leio que:
    "Na concepção do cirurgião vascular Paolo Zamboni, a  agressão da bainha da mielina estaria de alguma forma relacionada a um estreitamento das principais veias de escoamento de sangue, as jugulares internas, o que levaria  a uma concentração tóxica de ferro no cérebro. A primeira paciente de Zamboni foi sua mulher, Elena, em 2006. O diagnóstico de EM fora dado onze anos antes. Os remédios mantiveram o  quadro de Elena estável até 2006, quando ela sofreu uma recaída violenta. A cirurgia para distensão das veias jugulares durou menos de uma hora e, segundo o médico, sua mulher hoje passa bem, sem registro de piora do quadro clínico.
      Mais de 20.000 pessoas , desde 2006, foram submetidas ao método na  Índia, Bulgária, Polônia, Jordânia e Costa Rica. Algumas apresentam melhoras.
      Nos operados pela técnica de Zamboni, houve também quem não registrasse melhora alguma, quem apresentasse um novo afunilamneto (o que exigiu  uma segunda, terceira, e até quarta operação) e até quem morresse vítima de hemorragia ou em decorrência do deslocamento do stent para o coração".
      Para  mim, já basta para dizer que eu estou fora dessa!!!
      E tem  mais! Se pelos estudos, uma pessoa sem tratamento em vinte anos não consegue mais se mexer, eu com tratamento, tenho mais 40 pela frente, considerando que tenho 42,5 anos, tenho até os 83 para tocar minha vida corrida e feliz!  Oswald Souza que me desculpe se minhas contas estão erradas!
       Ah! e  se  as "bainhas da mielina, estão sem coberturas, os impulsos nervosos perdem a força ou são interrompidos, o que leva aos sintomas", deixa eu correr também, pois me lembrei da bainha da minha calça amarela lindona, que eu usei só uma vez e que está na costureira para fazer! Sem contar que, ainda tenho que fazer minhas unhas hoje!
        Hoje não tenho mais tempo de pensar nisso... Daqui a 40 anos, quem sabe... Pode ser???
      
      
   

quinta-feira, 15 de novembro de 2012

Saga Parte III- Ema, ema, ema...

     Bem... Aí, como tudo, começa uma parte meio cômica na minha vida! Ainda bem... Hehehehe...
     Arrumei um emprego de tipo, Assessora de um Senhor  que me conhecia desde pequena e meus pais também. Ele havia entrado no ramo imobiliário e estava cego. Foi isso mesmo que você entendeu: Cego!!!
      Ele precisava urgentemente de alguém que ficasse mesa a mesa com ele. E tinha que ser de confiança.
      Ele conversou primeiro com minha mãe, ela conversou comigo e eu aceitei. Fui ver "qual era a dele"!!!
      O trabalho era fácil! Tirei de letra! Salário ótimo!!!
      Todo mês, lá estava eu num tradicional Shopping de SP fazendo minhas comprinhas. Já fazia isso antes, não posso reclamar, mas dessa vez, estava mais confortável financeiramente. O que a gente mais gosta, é de independência, não é mesmo??? 
      Adorava (e continuo adorando) aquele Shopping. Me dá até hoje, uma nostalgia.
      Nasci em Campinas, mas meus pais já moravam em SP. Cresci nessa cidade. Tenho  grandes lembranças...
      Ia com minha mãe naquele Shopping e, corria por duas rampas enormes que existem lá até hoje. E, hoje... me vejo andando naquela rampa de carrinho automático para não me cansar... Assim, passeio sem estress.
      Me lembro de apostar corrida com minha irmã naquele lugar. Prefiro não me lembrar mais...
      Mas voltando ao assunto, minha vida não tinha mudado muito. Trabalhava bastante, mas era uma coisa mais amena, já que não tinha tanta "obrigação" , sem metas para cumprir todo mês, ou coisas do tipo. Mas nada nunca é bom por completo.
      O trabalho era suave, o duro era aguentar o gênio de uma pessoa bem sucedida nos negócios e mal sucedida na vida pessoal. Era assim que ele se via...  Acho que isso, pra mim, no fundo no fundo, era um "esquenta" do que eu ainda ia passar... Nada é por um acaso.
       Trabalhei seis mêses (por aí), com esse homem. O Marcos não gostava muito, mas não tinha o direito de falar nada. Ficava só de olho!
       Ia todo santo dia para o prédio dele, deixava meu carro, passava para o carro dele e eu que conduzia tudo. Era os olhos dele na rua e  no escritório, embora tivesse pessoas trabalhando direto lá.  Já estava ficando meio estafada.
      Do nada, ele resolvia ir para Itatiba (ver as filhas do segundo casamento), e eu aqui, tinha que ir. Chegava lá, íamos almoçar, sempre em ótimos restaurantes, mas as meninas adolescentes, achavam que eu era "tontinha". Certo dia, a mais velha, me pediu para que eu a deixasse dirigir. Coitada!!! Ela não sabia literalmente com quem esatava falando;  a D. Certinha, esqueceu??? Claro que eu não deixei!!! O carro estava sob meu comando, um deficiente visual como proprietário, uma adolescente querendo pilotar e eu ter que compactuar com isso??? N. A. O. ~.
        Ele nem ousou me falar nada. Sabia que estava errado. Acho que até achou bom. Eu disse o que ele não tinha coragem de dizer.
        Bom, a coisa andava de mal a pior, eu aguentava coisas que não acreditava que estava acontecendo comigo. Foi uma provação tremenda para mim! Em meio àquela situação toda, eu nem  falava nada quando um sintoma começava a querer se revelar.  Caraca, eu estava diariamente trabalhando com um cego! Ia falar de quê? Dormências? Sem comprovações científicas? Ficava quietinha...
       Mas eu sou assim- aguento uma, aguento duas, aguento três, aguento quatro (até que sou boazinha), mas uma hora a coisa explode! Esse é o meu defeito: engolir sapos.
       Até que um dia, ao buscá-lo, (ainda dentro do carro), tivemos uma pequena discussão referente ao meu pagamento. Eu definitivamente não precisava daquilo!!! Tenho família, formação, estava lá mais para tapar um buraco na minha vida, mas não por necessidade. Dei um basta!!!
       Sem dó nem piedade, o deixei dentro do carro dele.
       Discutimos e ele foi intransigente, eu mostrei que consigo ser mais ainda! Não precisava ouvir desaforos.
      Não, não me julguem, não fui tão má assim. Até que calculei bem antes de agir. Ele tinha um celular que manuseava como ninguém!  E ele, com aquela deficiência visual, dava um baile em qualquer um. Era fácil ligar para o apto e chamar alguém para buscá-lo. Não hesitei em deixá-lo falando sozinho. 
      E também, quer saber? Foi bom para ele ver que "tudo nessa vida tem limites", não se aproveita de uma desgraça própria, para se defender dos seus defeitos! Pelo contrário, numa hora dessas, a coisa que a gente mais aprende, é ser humilde...
       Não tenho mágoas, não guardo rancor "dele", mas infelizmente, ele me fez lembrar de, como se diz por aí; ema, ema, ema, cada um com seus problemas!
       Nada é à toa nessa vida. Hoje vejo que precisei passar por tudo isso para entender a minha realidade. Ele não sabe, mas aprendi muito com ele.
      Sobrevivi, sou grata por tudo que passei, me fez e me faz constantemente, uma pessoa melhor.
      Desempregada novamente, mas dessa vez, mais fortalecida! 
     
    

terça-feira, 13 de novembro de 2012

Saga- Parte II

      E os dias iam passando e eu continuava chutando a sandália... E a secretária continuava me alertando...
      O quê eu poderia fazer? Parar tudo? O médicos falavam que eu não tinha nada, era nisso que eu tinha que acreditar!
      Afinal e contas também, eu não sentia nada além disso.
      Até que, comecei a namorar o Marcos (meu marido).
      Até hoje eu não sei explicar como tudo começou. Marcos era amigo do Luciano, meu ex (e breve) namorado.
     Nos conhecemos no Reveillón de 93/94. Estávamos em Itanhaém, quando recebemos uma ligação do "Marcão", amigo do Luciano que eu nem conhecia pessoalmente. Me lembro muito bem, eram 22:00 hs do dia 31/12/93. Sim, precisamente esse horário. Eu escutando a conversa, olhei no relógio. Guarujá agora??? Como assim???
      Era o "Marcão" nos convidando para ir para a casa dele (que hoje é nossa) na Enseada, naquela noite! Coisa de maluco!!!
      Pegamos as coisas rapidamente e fomos. Estávamos em dois casais. Coisa de jovem... Quando eu faria isso "hoje" ??? Nunca!!!!
      Chegamos lá em uns 45 minutos. Luciano foi chutado! Não gosto disso. Sou chata, esqueceu?
      O primeiro a me cumprimentar foi o "Marcão" (que por sua vez, estava com a namorada), perfumadíssimo! 
      Estava a família toda lá! Mãe, avó, madrinha, tia, irmãos, sobrinhas, cunhadas, cachorro, papagaio, periquito. Que vergonha!!!
      Passamos o Reveillón lá e ficamos para dormir. Que vergonha de novo!!!
      Nos dia seguinte, teve o tradicional churras do Dia Internacional da Paz. O dia estava lindo. Voltamos a noite para SP.
      Meu namoro com o Luciano durou mais alguns mêses, logo terminamos, não era para ser. Em abril de 95, "Marcão" já estava solteiro de novo e, nos cruzamos em Itanhaém.
      Aquela coisa, papo vai, papo vem... Em maio começamos a sair, veio junho, julho, quando de repente, ele estava me deixando na porta do meu prédio, na Vila Mariana e o susto:
      -"Mãos ao alto, passa para o banco de trás"
       Me disse o ladrão!
       Nós estávamos simplesmente sendo assaltados!
       Eram dois homens. Claro que o armado estava comigo.
       Ele pegou no meu braço com uma mão e a outra estava com o revólver. Nunca vou me esquecer daquele cano apontado para a minha cara!
       Eu, num ímpeto de Mulher Maravilha, dei uma bolsada no ladrão, berrei com ele e "pernas pra que te quero"!!! Corri muito!!!!. Logo a frente, havia um
recuo, ali o ladrão não me pegava mais, a menos que a bala fizesse uma curva.
       Eu escutava a voz do Marcos gritando:
       -"Não atira, não atira". O que me fez até encolher as costas.
       Já estava sã e salva, quando eu olhei para trás e vi três cabeças dentro do carro e o mesmo indo embora, pensei: Ferrou!!!
       Entrei na portaria do meu prédio, berrava com o porteiro para que ele chamasse a polícia. Desespero total!
       Eu não sabia telefone de ninguém. O namoro não tinha engatado ainda. Só sabia o nome dele completo, mais nada. Ah! e a chapa do carro.
       Liguei para um amigo em comum. Em dez minutos, Carlão estava lá com Priscila (amigos até hoje) e, fomos para a Delegacia.
       Eu estava sem bolsa, sem lenço e sem documento. Meu pai já estava avisado. Eu teria que dormir na casa dele. Nem a chave do meu apto tinha mais.
       Uma investigadora me mandou ficar quieta e me acalmar. Lá, ninguém passa a mão na sua cabeça!
       Carlão ligava para meio mundo. Santo celular!!! Já existia!!!
       De repente, ele conseguiu falar com o Hélio, irmão do Marcos. Eles já estavam juntos.
       Marcos, foi piedosamente deixado na beira da Rodovia Imigrantes. Mandaram-o descer do carro e não olhar para trás. Mas antes disso, deixaram o RG dele no bolso da camisa. Ele foi caminhando até um restaurante de beira de estrada e ligou para o irmão.
       Nos encontramos na Delegacia. Posso dizer que lá, foi selado o nosso namoro.
      Levei muitas broncas do grosso do delegado. Ele me dizia que "eu nunca poderia ter corrido" e eu (que não sou de ficar quieta), dizia que "graças a isso, estava lá".
     E aí, começou a nossa história...
     Em fevereiro de 96, meu trabalho na Empresa estava minguando. Eu já sentia a batata assar.
     Éramos em vinte numa gerência composta por mulheres donas de casa, mães de família, daquelas que ajudavam no orçamento da casa. Alguém tinha que sair.
     Eu, filhinha de mamãe e papai, eles me pagavam o aluguel, não tinha filhos, compromisso com nada... Fui a premiada!
     Me vi desempregada... Mais uma bomba na minha cabeça...
     E os sintomas sempre permeando todos esses acontecimentos. Muita fadiga, perna adormecida... Mas eu nunca parava! 
      Já tinha ido a todos os médicos, todos foram unânimes em me falar que eu "não tinha nada", então tá, não tenho nada.    
      A tensão é o pior inimigo do ser humano. Enquanto eu estava bem, estava tudo bem, quando não, os sintomas apareciam...    
      Essa demissão foi avassaladora na minha vida...  
      Fiz mil entrevistas, nas mais variadas Indústrias de Cosméticos; nada.                                                                                
        

domingo, 4 de novembro de 2012

Se correr o bicho pega...

Cannabis x Esclerose Múltipla


   O uso medicinal da Cannabis hoje é permitido em alguns estados americanos e em países como Holanda e Bélgica, para aliviar sintomas relacionados ao tratamento de câncer, AIDS, esclerose
múltipla e síndrome de Tourette (que causa movimentos involuntários). Muitos oncologistas
e pacientes defendem o uso da Cannabis, ou do Δ9-THC (seu principal componente psicoativo),
como agente antiemético mas, quando comparada com outros agentes terapêuticos, a Cannabis tem um efeito menor do que os fármacos já existentes. Contudo, seus efeitos podem ser aumentados
quando associados com outros antieméticos. Desta maneira, o uso da Cannabis na quimioterapia pode ser eficiente em pacientes apresentando náuseas e vômitos, sintomas que não são controlados
com outros medicamentos.
   Surreal né!!!
   Deixei esse post para o final de propósito. Que eu saiba, não existem mais tratamentos alternativos.
   Difícil imaginar como um portador dessa moléstia (como dizia minha querida avó), pode se dar "ao luxo", se é que eu possso chamar assim, de fazer seu tratamento com uma, digamos... droga! Mas se parar para pensar, como se chama mesmo o lugar onde se vende remédios??? DROGARIA!
  Sim, a maconha é isso e sobretudo, ilícita. Eu posso sentar no sofá da minha sala, e acender um cigarro de "cannabis" na maior tranquilidade do mundo? Claro que não! Ou... claro que sim, a casa é minha!
    Me desculpe, mas meus princípios não me deixam.
   Mais do que um problema social, o uso alternativo desse tratamento me incomodaria muito. Não me vejo usado-a. E olha que já tive inúmeras oportunidades, antes da EM. 
    É estranho ver como tem coisas que nos impedem de transgredir. Certinha demais??? Pode ser... E mesmo assim, será que o certo é ser "certinha"?
    Tenho outros tipos de defeitos, de "escorregões", mas esse, digo com toda convicção, que até o momento exato, não desce.
   No auge dos meus quinze anos, certa vez, eu e uma amiga, inventamos de fumar um cigarro. Cigarro sim, desses absolutamente normais, por favor!!! Fumamos trancadas no quarto, como se estivéssemos cometendo um crime hediondo. Ela, fumou numa boa! Eu tossi, engasguei, fiquei roxa, vermelha feito um peru, senti falta de ar, calafrios, arrepios, tudo!!!! Corri para o banheiro, lavei bem o rosto, as mãos os braços (até o cotovelo), escovei os dentes, passei perfume, peguei até o laquê da minha mãe para passar no cabelo, numa busca insensante de tirar aquele cheiro horrível. Tamanho medo de ser descoberta, cometendo aquela "barbaridade". Sim, pra mim, era isso! Um crime mesmo!!!
   Mas não foi só isso que me fez decidir que nunca seria uma fumante. Não gostei, simplesmente isso.
   Nunca escapei de ter amigas queridas e fumantes... e também nunca deixei de ser amiga de alguém, só porque fumava cigarro.  Namorados então, quase todos fumavam. E por fim, meu marido; fumante inveterado!!!  Mesmo repudiando, o cigarro me persegue, fazer o quê??? Para afirmar ainda mais que "os opostos se atraem". Uma luta eterna...
   Sou totalmente contra  drogas, mas especificamente esse assunto, me intriga muito. Imagine uma pessoa, com os seus valores éticos totalmente plenos, ter que partir para isso!
   Digo mais, no Brasil, está longe da Cannabis ser legalizada, muito menos para fins medicinais.
   Pra mim, seria maravilhoso me livrar do meu velho amigo Rivotril. Sim, já que tenho também essa  esquisita Síndrome de Tourette (um dos sintomas da EM).São espasmos musculares. Movimentos invonluntários. Um porre!!!!!!!!              
    Dependendo da semana estressante ou não, da época do mês, vez ou outra esse Tourette me acorda de madrugada, me fazendo levantar. Dou uma volta na sala, me alongo um pouco, tomo uma aguinha. Já fui até arrumar gavetas para esse Tourette me deixar em paz. Uma hora ele vai, custa, mas vai, dando espaço novamente a Morfeu e assim, consigo ter um sono profundo novamente.
    Desesperador mesmo, é quando ataca de dia. Não é sempre, mas pode acontecer sim. Principalmente quando eu cruzo as pernas (e é quase sempre). Eu, que já sou "macaca velha", já sei como lidar...
   E com isso, vou passando os meus dias. Um bom, outro ótimo, outro mais ou menos. Um mix de sensações; formigamentos, dormências, fadiga, etc...
   O importante é sempre estar seguindo em frente... Seja como for...
   Enfim, acabaram-se as opções.
   Em suma, ou você toma vitaminas D, ou voçê fuma maconha, ou toma picadas de abelha, ou (como eu), faz o tratamento convencional.
   Se ficar o bicho pega, se correr, o bicho come... Como em tudo na vida!
  






 
 
 
 



 


quinta-feira, 1 de novembro de 2012

Picadas de Abelha, ai, ai, ai....

Em SP, terapia com picadas de abelhas

  • 19 de junho de 2011 |

Categoria: Saúde
LAIS CATTASSINI
A dor das picadas de abelhas não se compara ao incômodo que Alice Tashiro, de 61 anos, sentia por causa da artrite reumatoide. Agora, ao menos uma vez por semana ela recebe 12 ferroadas pelo corpo, uma técnica chamada apiterapia, que tem sido aplicada por apicultores da capital e da Grande São Paulo. Consultado pelo JT, o Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo (Cremesp) informou que não reconhece a técnica como prática médica e diz que os pacientes estão expostos a riscos.
A ideia é usar o veneno das abelhas para aliviar inflamações variadas. “A dor me travava. Com esse tratamento eu vou sentindo um alívio ao longo da semana”, garante Alice. Além de tratar a artrite, os criadores de abelhas garantem que a apicultura alivia enxaquecas, sinusite, bursite, artrose e até esclerose múltipla. “Serve para uma infinidade de doenças. Os pacientes costumam apresentar boas melhoras”, conta o apicultor Ivo Manno Júnior.
Conselheiro do Cremesp, Ruy Tanigawa lembra que as picadas podem provocar até mesmo choque anafilático, muitas vezes seguido de morte. “Existem pessoas que são alérgicas ao veneno, daí a possibilidade de quadros graves”, explica. Além disso, ele ressalta que todo tipo de tratamento deve ter uma comprovação científica de sua eficácia. “Um tratamento prevê diagnóstico médico prévio. É necessário, ainda, que haja acompanhamento de um profissional de saúde”, afirma.
     
    Bom, não preciso nem falar que "eu tô fora", né!!!
    Já não basta os sintomas, e ainda ter que fazer um tratamento desses. O quê leva uma pessoa, com tantos sintomas sofríveis e desagradáveis, ainda, se tratar com tanta dor e comprovadamente riscos também?
     O afã de uma cura imediata, talvez, ou pelo menos um alívio dos sintomas...
     Particularmente, não conheço ninguém que faça esse tratamento tão... digamos prosaico, primitivo!
    Tudo bem, que a gente faz de tuuudo, mas tuuudo também tem um limite.
    Eu já tomei uma picada de abelha, acidental, saindo da piscina. Esmaguei-a com a mão, na escadinha. Quase desmaiei... Achei que estava tendo um colapso! Nunca tinha experimentado essa sensação.
    Mas é claro que sem dúvica nenhuma, não podemos desmerecer o trabalho árduo das abelhas, para nos fonecer esse alimento tão rico e  beneficente.
    Já adoço meu suco todos os dias com mel e isso pra mim, já basta!!!
    Ainda prefiro uma boa dose de caipirinha... Hehehehehe....