domingo, 15 de setembro de 2013

Onde tenha sol, é pra lá que eu vou!

   É duro falar do passado. Descobri que não sou muito boa nisso.
   Não gosto de "remexer" naquilo que não dá para mudar... Por isso a  "Saga" está (por mim), concluída.
     Nessas fotos, eu estava  em Londres (1997), a poucos dias de ter minha segunda paralisia facial. Estava deitada no Green Park, fazendo o que eu mais gostava depois da aula- dar uma descansadinha deitada no sol. Adorava isso!!! Sempre fui rata de clube, piscina...
     Na outra foto, até hoje, me dá uma certa melancolia. Eu estava andando no mesmo parque rumo a um Museu. Não me lembro qual, fui em muitos. Mas a melancolia, é pelo fato de eu me lembrar que eu podia andar livremente, sem nenhum apoio, para onde que que eu fosse...
    É, talvez eu não me sinta bem falando dessas coisas. Nada demais, mas isso eu converso com minha psicóloga! Tenho pingos a serem postos nos is. Quem não tem?
   Minha paralisia facial, nunca mais voltou, em compensação... todo o resto que podia ter aparecido...
   Passei dias cruéis. Essa doença é cruel. O verdadeiro sentimento de impotência total.  
   Não reclamo. Tenho uma vida digna!  Filhos lindos,  vida tranquila na medida do possível e da minha vontade...
   Reclamo que estou cansada de ser  "o Bobo da Côrte", mas é graças a esse meu dom, que consigo dar a volta por cima  das coisas.
   Tem uma música do Jota Quest que eu adoro que  diz assim: "Ei dor, eu não te escuto mais! E se quiser saber pra onde eu vou, onde tenha sol, é pra lá que eu vou"!
   E é isso mesmo que eu sinto. Vou andando numa toada que eu mesma crio e canto na minha cabeça.
    Não tem para onde correr, mas "pra onde tenha sol, é pra lá que eu vou". Não correndo, claro!  Mas, pra quê pressa???
    Semana passada fui bombardeada por dizer aqui, que faço uso do tratamento convencional. E vocês podem estar pensando ;  "Nossa! A Luciana é tão  "sonhadora", então por quê não fazer o tratamento das vitaminas"? Sem mais delongas, eu não gostaria de ser pisoteada.
    Errada ou não, isso o tempo vai dizer, não sou dona da verdade. Aliás, se tem uma coisa que não suporto, é  "pessoa que se comporta como tal". Quero distância de gente assim.
    Vou tocando minha vida, com minha alegria de viver (meu remédio predileto), meus objetivos diários, minha função de mãe, esposa, ser humano...
    O resto, Deus cuida de mim, faço a minha parte!

    Semana que vem, novos exames de sangue (rotina), marcar ressonância (necessário) e levar para meu médico ver.
   Depois eu conto mais! 
 

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