terça-feira, 20 de novembro de 2012

Só daqui a 40 anos...

   Demorei muito para escrever sobre essa matéria aqui.
  Não por falta de assunto, claro! Mas pelo simples fato de não ter tempo, a correria é muita... Os preparativos da Primeira Eucaristia do meu filho, a Apresentação de Sapateado da minha filha, enfim...
   Mas vamos lá, vejam o que, além de tudo, eu sou obrigada a ler na Revista Veja de 7 de novembro último:
   "Com dois milhões de doentes no mundo, 30.000 deles no Brasil, a esclerose múltipla está  entre os mais devastadores transtornos neurológicos degeneretivos. No início , suas vítimas apresentavam visão turva, tontura e leve dormência nos braços. Depois, passam a sofrer de tremores pelo corpo e tem dificuldade para falar. Manifestam falta de coordenação motora e equilíbrio, fraqueza muscular, lapsos de memória e concentração. Sem tratamento, em vinte anos o paciente não consegue mais se mexer. Descrita pela primeira vez em meados do século XIX, a esclerose múltipla continua a desafiar a medicina. De causa desconhecida, a doença não tem cura. Os medicamentos existentes, no máximo, minimizam os sintomas ou postergam o seu agravamento"
     Então tá, e eu tenho que acreditar em tudo isso, mesmo remando na maré contrária.
     Bom, primeiro que, como eu disse, até tinha ouvido falar dessa matéria, mas estava preocupada com os meus filhos, pois eles, depois da minha saúde, estão em primeiro lugar na minha vida. Já expliquei também o porque dessa hierarquia- a mãe deles tem que estar bem, para que eles estejam também.
    Depois disso, eu tinha alguns compromissos como, tingir o cabelo, fazer as unhas e sobrancelhas, marcar almoço com a amiga de Porto Alegre, a amiga de SP,  encomendar o lanche para o feriado, ufa!!!  Agora, sim, posso sentar e raciocinar... Mesmo assim, acabei de atender ao telefonema da passadeira (que não vem amanhã), já  dei uma ordens à minha funcionária, e estou aqui me lembrando que tenho que fazer minhas unhas hoje também, afinal de contas, essa é semanal.
    Para vocês verem, não me sobra muito espaço para conjecturas!
    Aí, mais abaixo eu leio que:
    "Na concepção do cirurgião vascular Paolo Zamboni, a  agressão da bainha da mielina estaria de alguma forma relacionada a um estreitamento das principais veias de escoamento de sangue, as jugulares internas, o que levaria  a uma concentração tóxica de ferro no cérebro. A primeira paciente de Zamboni foi sua mulher, Elena, em 2006. O diagnóstico de EM fora dado onze anos antes. Os remédios mantiveram o  quadro de Elena estável até 2006, quando ela sofreu uma recaída violenta. A cirurgia para distensão das veias jugulares durou menos de uma hora e, segundo o médico, sua mulher hoje passa bem, sem registro de piora do quadro clínico.
      Mais de 20.000 pessoas , desde 2006, foram submetidas ao método na  Índia, Bulgária, Polônia, Jordânia e Costa Rica. Algumas apresentam melhoras.
      Nos operados pela técnica de Zamboni, houve também quem não registrasse melhora alguma, quem apresentasse um novo afunilamneto (o que exigiu  uma segunda, terceira, e até quarta operação) e até quem morresse vítima de hemorragia ou em decorrência do deslocamento do stent para o coração".
      Para  mim, já basta para dizer que eu estou fora dessa!!!
      E tem  mais! Se pelos estudos, uma pessoa sem tratamento em vinte anos não consegue mais se mexer, eu com tratamento, tenho mais 40 pela frente, considerando que tenho 42,5 anos, tenho até os 83 para tocar minha vida corrida e feliz!  Oswald Souza que me desculpe se minhas contas estão erradas!
       Ah! e  se  as "bainhas da mielina, estão sem coberturas, os impulsos nervosos perdem a força ou são interrompidos, o que leva aos sintomas", deixa eu correr também, pois me lembrei da bainha da minha calça amarela lindona, que eu usei só uma vez e que está na costureira para fazer! Sem contar que, ainda tenho que fazer minhas unhas hoje!
        Hoje não tenho mais tempo de pensar nisso... Daqui a 40 anos, quem sabe... Pode ser???
      
      
   

Um comentário:

  1. valeuuuu....vamos levar a vida q nos resta cm qualidade de vida m, sem pensar no amanhã...uffa

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